Ao longo dos últimos 25 anos, desde que recebi a graduação em Neurocirurgia, logo antes a de Medicina, que lido com as doenças do Sistema Nervoso. Em vários ambientes de trabalho ao longo destes anos pude perceber algo em comum a todos os pacientes em algum momento de história de suas doenças e este algo era uma perda de movimento, uma paralisia, uma lentidão, que os torna vulneráveis em amplos sentidos.

Assim nos deparamos com a Neurocirurgia Funcional, devolver função e mobilidade a quem os perdeu. Controlar a espasticidade, no paciente acometido por um AVC – Derrame, ou Trauma de Crânio, Tumor cerebral, ou sequelas de Encefalite, Paralisia Cerebral, Mielo-meningocele., e Trauma Raquimedular. Controlar a rigidez, a lentidão e o tremor na Doença de Parkinson. Controlar os vários distúrbios de coordenação nas várias Distonias.

A partir dessa observação e sentindo e acompanhando essas pessoas de perto é que foi surgindo a necessária idéia de reabilitá-los. Não à toa, em 2001, me envolvi com a criação de uma Clinica de Dor – para tratamento da dor crônica. E de novo o que mais me chamou a atenção é a paralisia relativa que essas pessoas apresentam. Então, usar a Neurocirurgia Funcional para controle da Dor , que quando crônica e rebelde também paralisa as pessoas.

Assim facilmente se estabelece o nexo entre Dor e Neurologia, paralisia e reabilitação e assim faz sentido adotar os conceitos de reabilitação neurológica aos tratamentos de dor.